Angola é o primeiro país africano a abraçar a campanha “Blue Skies e Net Zero 2050”

Vice-Presidente da República reitera empenho do Executivo na protecção e preservação do ambiente durante audiência ao Director para África do Instituto Global Para o Crescimento Verde”_

Angola é o primeiro país de África a abraçar a campanha “Blue Skies e Net Zero 2050”, iniciativa do Instituto Global para o Crescimento Verde (GGGI), revelou ontem [13.04.2023] o Director e líder dos Programas para África daquela instituição, Mallé Fofana, à saída de uma audiência com a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.

“Nós estamos aqui a representar o GGGI, que lançou a campanha mundial “Blue Skies e Net Zero 2050”. Angola é o primeiro país africano a abraçar essa iniciativa, e recebemos da Vice-Presidente da República o suporte institucional necessário. O encontro foi muito satisfatório, na medida em que também estiveram presentes representantes de empresas, membros da sociedade civil, e parceiros de desenvolvimento, o que demonstra o compromisso do país, como um todo, para a preservação e protecção do ambiente”.

Durante o encontro, em que Esperança da Costa e Mallé Fofana falaram sobre formas de promover um desenvolvimento inclusivo e sustentável nos países em desenvolvimento, e uma transição global para um modelo de crescimento verde, o Director e líder dos Programas para África do GGGI realçou o compromisso de Angola com o crescimento verde e a sua liderança na implementação do acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

Campanha “Blue Skies e Net Zero 2050”

A campanha “Blue Skies e Net Zero 2050” insere-se numa das resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas relacionada à poluição, conjugada com as recomendações da Assembleia Geral do Ambiente do ano passado, e consubstancia-se, essencialmente, na capacitação institucional e de angariamento de fundos para a implementação de projectos destinados a tornar as cidades mais verdes, e os céus mais azúis.

Para a escolha de Angola como a primeira nação africana a abraçar a iniciativa, muito contribuiu o facto de o país ter legislação específica no domínio do ambiente, com destaque para o Programa Nacional de Qualidade Ambiental, que inclui a componente do ar e envolve a poluição nas cidades, na zona rural e outras, o diploma sobre o Fomento dos Espaços verdes, que vai até ao nível dos municípios e comunas, e os programas nacionais de Normalização Ambiental e das Tecnologias Ambientais.

Contribuiu igualmente o facto de a Estratégia Nacional para as alterações climáticas ter já inserida acções do ponto de vista multissectorial, e de o Presidente da República, João Lourenço, chamar a si essa responsabilidade, ao instituir a Comissão Nacional das Alterações Climáticas e Biodiversidade.

Acções de Angola justificam escolha

No campo prático, o Canal do Cafu, que concorre para o acesso à água para as populações e comunidade local, o programa de energias renováveis lançado recentemente em Benguela, o ciclo combinado do Soyo, o Projecto do Laúca, o Programa da Bacia do Congo, que envolve a floresta do Maiombe – sobre a liderança de Angola existe a iniciativa Maiombe – são igualmente factores que levaram Angola a ser escolhida pelo GGGI como o primeiro país do continente a abraçar a Campanha “Blue Skies e Net Zero 2050”.

Instituto Global para o Crescimento Verde

Organização intergovernamental dedicada a apoiar um crescimento económico forte, inclusivo e sustentável em países em desenvolvimento e economias emergentes, o GGGI foi instituído em 2012 na Conferência das Nações Unidas [Rio+20] sobre Desenvolvimento Sustentável.

Lutar por um mundo resiliente de baixo carbono, com crescimento forte, inclusivo e sustentável, e apoiar os seus membros na transformação das suas economias para um modelo económico de crescimento verde são, entre outros, objectivos daquele instituto intergovernamental.

De nacionalidade senegalesa, Mallé Fofana, Director e líder dos Programas para África do GGGI, tem mais de 18 anos de experiência profissional no sector de desenvolvimento, incluindo mobilização de recursos, desenvolvimento e implementação de projectos. Com participações em mais de 100 projectos em sectores-chave em África, promoveu uma parceria de desenvolvimento que culminou na disponibilização de 8,5 mil milhões de dólares para os governos do Burundi e Guiné Conacri.

Mestre em Gestão, MBA em Desenvolvimento Internacional e Doutor em Organização e Métodos Ambientais Aplicados pela Universidade de Lyon, na França, Mallé Fofana foi reconhecido em 2020 como o Melhor Promotor Africano da Economia Verde – Prémio Ruanda.

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